quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Entrevista para a revista " MINHA NOVELA "

Numa novela cheia de seres estranhos ,Leonardo Vieira segue na segunda fase de caminhos do coração sem virar um mutante.

Seu personagem continua o mesmo ?
R " Sim . Marcelo continua sem memória e vai ficar assim por um tempo.Ele ama Maria (Bianca Rinaldi) mas não sabe. E vai enfrentar ainda muitas outras situações de perigo."
Você vai se envolver também com a Samira , a irmã gemea má da Maria?
R"Ainda não sei , mas é possível que sim.Talvez não afetivamente , mas devo lutar contra ela , que é uma pessoa do mau."
Teve tempo de retomar o fôlego para dar continuidade ao seu trabalho ?
R "Não.É a primeira vez que faço duas novelas seguidas , sendo que uma é continuação da outra.Estamos trabalhando intensamente , porque entramos numa fase de transição.Gravamos as duas paralelamente : o final de uma e o inicio da outra."
Você foi questionado se gostaria de continuar na novela?
R "Fui.Thiago Santiago me perguntou. Disse que eu estava com ele desde o inicio e que iria ficar até o fim."
Como é viver o Marcelo ?
R "Uma aventura.Nunca tinha feito um personagem com tanta ação.Dá trabalho,porque as cenas exigem muito condicionamento físico.O autor sabe que tenho um bom preparo físico e ele utiliza isso bastante."
A novela é cheia de efeitos especiais.Isso dificulta ou facilita a atuação ?
R " Dificulta muito por ser uma novidade.Às vezes, a gente contracena com o vazio e só depois é inserida a outra imagem.É uma experiencia nova para os atores brasileiros. A gente não está acostumado,isso é coisa de cinema americano.É dificil, mas muito prazeroso."
O que acha da mudança de horario ?
R " Adorei , é um desafio a mais.Achei a estratégia corretíssima.As mães me encontravam na rua e se queixavam de que os filhos só queriam dormir depois que a novela acabasse.A maior parte do meu público é o infanto-juvenil.As crianças adoram meu personagem."




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MHUD

 www.humanosdireitos.org

O Movimento Humanos Direitos (MHuD), tem desenvolvido uma série de atividades em prol da paz e dos direitos humanos. Ele tem um olhar especialmente voltado para os problemas do trabalho escravo, dos abusos praticados contra crianças e adolescentes, as questões dos quilombolas, do meio ambiente e dos povos indígenas

Filosofia

Para cumprir seu propósito, o Movimento Humanos Direitos atua por meio de execução direta de projetos, programas ou planos de ações.
A administração da entidade é feita através do presidente, do vice-presidente, do diretor-financeiro, do primeiro e segundo secretários, do conselho fiscal e do conselho consultivo. E o seu funcionamento é regido por decisões em colegiado, tomadas em reuniões semanais.
O Movimento Humanos Direitos quer contribuir com a sociedade, cooperando com outras organizações já existentes para ampliar a visibilidade sobre os crimes cometidos contra os direitos humanos no Brasil e no mundo. É nosso propósito atuar na divulgação das causas sociais, participando de debates e atos públicos.
O Movimento acredita que só o envolvimento popular, a reflexão, o diálogo e o debate, podem promover mudanças para o aprimoramento de uma consciência cidadã.


Metas

O Movimento Humano Direitos (MHuD) decidiu por quatro ações prioritárias. Apoiar e implementar ações:
  • pela erradicação do trabalho escravo;
  • pela erradicação da exploração sexual infantil;
  • em favor da demarcação das terras indígenas e das áreas dos quilombolas;
  • em favor de ações socio-ambientais.





  • História
    A entidade foi fundada após um e-mail que o ator Marcos Winter, em 5 de dezembro de 2002, enviou ao padre Ricardo Rezende Figueira. Nele, Marcos, considerava que todo artista tinha uma responsabilidade social. E perguntava se não seria interessante criar uma “associação” de artistas que se envolveriam com o tema dos direitos humanos. Os artistas ofereceriam sua visibilidade na mídia em favor de pessoas e instituições que abraçassem causa justas. Dessa forma, eles fariam denúncias de violações aos direitos humanos como o trabalho escravo contemporâneo. Buscariam apoiar causas, a partir de informações seguras, que pudessem ser acompanhadas por grupos locais.
    E a ideia ganhou corpo. Em janeiro de 2003 foram realizadas as primeiras reuniões do Movimento Humanos Direitos, conhecido como MHuD.
    Em 2003, na primeira reunião do MHuD, foi recordada a participação de artistas em causas do sul do Pará desde 1991. Uma das primeiras partiu do cantor Djavan, que com Chico Buarque, Caetano Veloso, Flávio Venturini, Wagner Tisso, Lobão e outros fizeram gratuitamente um espetáculo no Circo Voador, em prol da luta contra a impunidade no campo, especialmente no Sul do Pará. O espetáculo se chamou Rio Maria Canto da Terra. Ao Pará, desde então, foram diversas vezes para expressar o desejo de restabelecer a justiça no campo, os atores e atrizes Paulo Betti, Letícia Sabatella, Ângelo Antônio, Sérgio Mamberte Cristina Pereira, Marcos Winter, Leonardo Vieira, Camila Pitanga, Giácomo, Carla Marins, Otto Ferreira, Carla Marrins.  colocariam sua visibilidade à disposição de algumas causas sociais e nesse sentido viajariam pelo país.
    Nas palavras do padre, estes são os crimes que ainda proliferam no Brasil:

    O da desigualdade social, que provoca na sociedade uma situação peculiar. Algumas pessoas são tratadas como se fossem mais cidadãs que outras; tivessem mais direitos que outras. Uns têm direito ao trabalho, à terra, à saúde, à educação; outros são colocados à margem dos direitos mais elementares. Em alguns casos, as pessoas perdem mesmo o direito de vender a própria força de trabalho, provocando aquilo que é reconhecido como trabalho escravo contemporâneo, ou trabalho escravo por dívida. Outra razão é a ineficiência da polícia em apurar os crimes, a lentidão do sistema judiciário para julgar, condenar e punir os responsáveis. E, como afirmava um dos maiores juristas do país: “A justiça lenta não é justiça”.

     
    O Movimento Humanos Direitos atua da seguinte forma: apoia mobilizações por  mudanças nas políticas públicas; produz vinhetas informativas para a televisão; participa de julgamentos; visita regiões onde há pessoas ameaçadas e violências, assim como as vítimas e seus parentes; discute projetos; faz parcerias. E instituiu um prêmio, o João Canuto, que é outorgado a pessoas ou instituições que mais se destacaram no ano por alguma causa necessária.
    Entre as questões mais recentes, nas quais o Movimento se envolveu, está um caso de violência sexual contra menores na cidade de Sapé, Estado da Paraíba, em que o movimento pronunciou seu apoio à Promotora de Justiça do município, que está sendo ameaçada de morte.
    Outra campanha atual da entidade é o repúdio à construção da barragem de Estreito, na divisa entre o Maranhão e o Tocantins. O empreendimento, que já está em fase de início das obras, alagará uma área de quatrocentos quilômetros quadrados. Além disso, afetará doze municípios e três terras indígenas, desalojando cerca de vinte mil pessoas.
    O grupo se mobiiza atualmente para aprovar a Emenda Constitucional 438, que trata da expropriação de terras usadas para trabalho escravo. Eles estiveram em Brasília, pressionando o Senado para a aprovação do projeto, que se encontra travado. Tentaram também, sem sucesso, paralisar o andamento do projeto de transposição do rio São Francisco, considerado por eles um benefício apenas para latifundiários do Nordeste.
    Para ser filiado, é necessário abraçar a causa, ser indicado por algum dos componentes do movimento e ser aprovado pelos demais em uma de suas reuniões. Conheça osPARTICIPANTES e DIRETORES.
    Desde 2004 o MHuD promove o Fórum dos Direitos Humanos, onde outorga o Prêmio João Canuto para pessoas e instituições que se destacam nas diversas frentes dos Direitos Humanos.
      

      Quem foi João Canuto
    Após várias ameaças de morte, o dirigente sindical, João Canuto, foi assassinado com 18 tiros, no dia 18 de dezembro de 1985. Ele era perseguido principalmente por sua luta pela reforma agrária. O crime foi planejado por um grupo de fazendeiros do sul do Pará, entre eles Adilson Carvalho Laranjeira, fazendeiro e prefeito de Rio Maria na ocasião do assassinato, e Vantuir Gonçalves de Paula. O inquérito foi concluído oito anos após a ocorrência do crime. A denúncia foi feita pelo Ministério Público apenas em 1996. Um ano depois, sob ameaça da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) de condenar o governo brasileiro pela demora na apuração dos fatos, o andamento do processo foi agilizado. Em 1999, o Brasil foi condenado pela Comissão Interamericana devido à lentidão na apuração do caso. Sob pressão de organizações de direitos humanos, em 2001, os dois acusados foram pronunciados como mandantes do assassinato.

    Vale ressaltar, entretanto, que a perseguição e violência contra os trabalhadores rurais continuam na região. Cinco anos após a morte de Canuto três de seus filhos, Orlando, José e Paulo, foram seqüestrados e dois deles foram assassinados. Orlando sobreviveu, mas ficou gravemente ferido. Expedito Ribeiro, sucessor de Canuto na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, foi assassinado em 2 de fevereiro de 1991. Um mês depois, Carlos Cabral, sucessor de Ribeiro e genro de Canuto, foi ferido num atentado a bala.



    http://www.youtube.com/watch?v=jWOsPReI880

    terça-feira, 15 de janeiro de 2013

    Fotos























    Leonardo Vieira recebeu convite para atuar em ''Rebelde'', por ser parecido com Arthur Aguiar

    Leonardo Vieira ,apesar de estar reservado há quase um ano para a novela " vidas em jogo", recebeu convite para atuar em Rebelde.

    “O diretor de Rebelde, na época que estava escalando o elenco, me falou que tinha um rapaz, o Arthur Aguiar, que era muito parecido comigo e queria que eu fizesse o pai dele na novela. Mas como já estava reservado para Vidas em Jogo, não pude aceitar”, diz o ator a O Fuxico.

    Vieira, ao conhecer Arthur, nos bastidores da Record, levou um susto ao perceber tamanha semelhança com o jovem ator e chegou a ficar até incomodado com a situação.

    "Quando o vi pela primeira vez na maquiagem senti que já o conhecia. Parei, fiquei um tempão olhando pra ele e era assustador como o Arthur é realmente muito parecido comigo”, declara.

    Leonardo Vieira fica carequinha para minissérie

    Mudança radical! Leonardo Vieira está completamente careca. O ator mudou o visual para poder viver o Faraó Apopi na nova minissérie da Record, José do Egito, que vai estrear na emissora em 2013. Na história, Vieira fará um par romântico com a atriz Bianca Rinaldi.


    Leonardo postou a foto em que aparece carequinha em sua página nas redes sociais. Na imagem, ele segura um cachorrinho ( Zack) e exibe o seu excelente físico.

    sábado, 12 de janeiro de 2013

    Fotos



















    Entrevista pro site "Jornal Copacabana"



    Ana Raio e Zé Trovão, Sonho Meu, Renascer, Quatro por Quatro, Os Maias, Senhora do Destino, Caminhos do Coração, Os Mutantes e recentemente Vidas em Jogo, são apenas algumas das novelas em que Leonardo Vieira atuou. Seja para trabalhar em televisão, teatro ou cinema, ele acredita que o importante é estudar sempre, e se vê em um momento de redescoberta profissional. Com 22 anos de carreira, o galã contratado pela Rede Record, aguarda um novo trabalho pela emissora e divide seu tempo entre o estudo, trabalhos sociais e encontros com os amigos. É aí que o morador do Leblon deixa sua casa e vem para Copacabana, mas a identificação com o bairro não é só essa! Saiba mais sobre Leonardo Vieira na entrevista ao Jornal Copacabana.
    Jornal Copacabana: A novela Vidas em Jogo acabou. Seu personagem, Ernesto, criou algumas confusões, fez maldades, no final viaja para Argentina. Acredita que foi justo?
    Leonardo Vieira:
    Ficou meio confuso, tem gente que acha que ele viajou, outros acreditam que não. Ficaram dúvidas como: - ele era bom, era mau? Acho que ele era um ser humano, que cometeu erros. A gente é bom e mau... Achei isso legal no Ernesto, essa humanidade. Trabalhei o personagem baseado nisso. Comecei a ver ele por esse lado. A maldade que fez, foi julgado e pagou.
    Na trama ele matou um homem por auto-defesa, mas não se falou mais nisso. De qualquer maneira era um homem que matou outro. A história se voltou para o ciúme que sentia da Divina (Vanessa Gerbelli) com o ex-marido dela, Severino (Paulo César Grande) e ele acabou mesmo só falando que ia para Argentina, mas ficou lá com a família, não viajou. (risos). Tiveram cenas engraçadas, foi divertido fazer o Ernesto!
    Sou ator. O texto que me dão, faço com dignidade. Adoro o meu trabalho, sobretudo!


    J.C.: É contratado da Record. Com o fim da novela, tem um novo trabalho previsto?
    L.V.: Ainda não.


    J.C.: Sua aparição mais recente no cinema foi em 2004 (O Vestido), no teatro em 2002 com Arlequim! Com a possível pausa na emissora, pensa em voltar ao teatro ou cinema?
    L.V.:
    Tem muito tempo! Meu último espetáculo posso dizer que foi Bodas de Sangue, em 2009, com direção do Amir Haddad, no espaço Tom Jobim. Participei de todo o processo e acabei não estreando. Mas estou na ficha técnica! (risos).
    A verdade é que não paro de estudar. Estou sempre lendo vários livros, peças, ao mesmo tempo... Não consigo ficar de férias. Minha cabeça não para um minuto. Sempre quero conhecer novos autores, nunca paro de buscar conhecimento.


    J.C.: É algo que ajuda na profissão também!
    L.V.:
    Vou em busca do conhecimento para poder escolher, para ter opções. Para saber o que eu quero fazer. Parece que estou em uma fase de descobertas... Uma redescoberta.


    J.C.: Depois de 22 anos de carreira você está se redescobrindo profissionalmente? Como é isso? Está pensando em mudar de área ou se reposicionar dentro da que atua?
    L.V.:
    (risos). Nunca produzi. Quero me reposicionar, redescobrir, fazer o que quero, o que curto. E esse é o momento mais difícil: da escolha. O que eu quero fazer? O que quero falar? Sei que uma hora a oportunidade vai chegar, não tenho pressa. Até porque estou trabalhando, não estou “comendo mosca”.
    Estou melhorando cada vez mais o meu inglês, que é importante, posso ler mais. Muito da literatura para o ator está em outras línguas, não tem tradução. Com o inglês tenho uma possibilidade infinita de leitura.
    Claro que, independente da escolha que faça, vou continuar fazendo meu trabalho na televisão, sempre, não tem jeito... (risos).


    J.C.: Você despontou para o grande público em 1993 com o personagem José Inocêncio na novela Renascer, da Rede Globo. Foi um personagem importante? Tem esses personagens que ficam, que você não esquece?
    L.V.:
    Tem, claro! Muito bom... 93! (risos). Eles ficam na memória! Eu me desgarro do personagem, mas tem uns que impregnam a alma, o ser, as coisas em volta, a roupa, o cabelo, a vida... Quando é muito forte, intenso, feito com muita dedicação... Ator é meio maluquinho, né? De repente, resolve entrar num mundo, investigar o mundo de uma outra criatura, e vivenciar. E para isso precisa investigar muitas coisas, por exemplo o que leva uma criatura a se matar. O personagem que me deu mais essa experiência foi o Pedro da Maia (da minissérie Os Maias, da Rede Globo).
    Tem outros que eu adoro, que foram importantes: o José Inocêncio, que foi minha estréia na Globo, e foi muito difícil, era o meu primeiro trabalho, eu era um garoto de 24 anos, inexperiente, fazendo um grande personagem na televisão. Era muito trabalhoso, muito texto, cenas difíceis, nunca tinha tido contato com aquilo tudo até então. Tinha feito Oficina de Atores da TV Globo e pequenas participações. Foi difícil por tudo que tive que enfrentar... Então tenho na memória, é inesquecível e tenho grande recordação.
    O último é o que está latente, é o queridinho da vez: o Ernesto, que me diverti muito fazendo, foi super prazeroso.
    Tem uns de cinema também, que são bem gostosos de fazer... Tem o Mateus, do filme Veias e Vinhos, do João Batista de Andrade... O personagem é legal, o filme é bom. Pouca gente viu, o que é uma pena.
    No teatro, nessas últimas vezes, foi Cano Goldoni, Moliére, a comédia francesa, italiana... Personagem é meio que nem filho, mas você não precisa levar a vida inteira. (risos).
    É bom porque a gente se entrega de verdade, traz da nossa memória emotiva coisas para o personagem também. A última cena do Ernesto terminando com a Divina, foram tantos finais de relacionamentos que vieram na minha cabeça... Coisas que aconteceram comigo... Os personagens ajudam a gente a crescer, quebram preconceitos.
    Ao mesmo tempo tenho o terceiro olho, consigo ver de fora e perder o envolvimento. O ator tem que ter essa inteligência.


    J.C.: Tem preferência por teatro, televisão ou cinema?
    L.V.:
    Adoro fazer os três. Teatro me dá uma coisa, um sentimento que é afetivo, gostoso, quente, acolhedor. Por isso me sinto muito bem, o espaço propicia, a troca com as pessoas também... É maravilhoso, adoro! E me traz uma lembrança da infância, das vezes que fiz teatro e como foi bom...


    J.C.: Fazia teatro antes do curso de atores da Globo? Como descobriu esse dom?
    L.V.:
    Na verdade não descobri, foi naturalmente. Minha mãe diz que me levava ao teatro e devia mesmo levar! (risos). Lembro que no meu aniversário sempre tinha teatro de bonecos, isso era muito forte. Depois na escola... Não sentia nada, foi vindo... De repente “teatro” vira uma palavra que você percebe que gosta! E onde tem essa palavra você quer estar! (risos). Um amigo falava: - tem um curso de teatro que vai começar no Santo Inácio, você quer fazer? – Claro, quero! Na hora! Mãe, posso fazer curso de teatro? Fiz o curso. (risos).
    Começou com a ginástica olímpica, depois fiz acrobacia... As coisas foram se somando, se construindo. Até a estréia para o grande público em 1993, existe um Leonardo envolvido e fascinado com isso desde pequenininho. E tive a sorte de encontrar pessoas que foram minhas fadas madrinhas ao longo da vida, como Celso Lemos, que infelizmente não está mais vivo. Quando saí da escola de teatro foi o primeiro cara que falou: - quero que o Leonardo faça o Lancelot! Ele era o diretor de Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda, um espetáculo lindo! Tinha ganhado cinco prêmios Coca-Cola de Teatro Infantil... O Edson Fieschi foi fazer a novela Meu Bem, Meu Mal e eu o substitui no teatro. Se não fosse o Celso eu não teria feito Rei Artur e estreado no teatro profissionalmente, ganhando dinheiro! (risos).


    J.C.: Foi aí que viu que poderia trabalhar com isso?
    L.V.:
    Assim que me formei na Faculdade da Cidade, no curso com supervisão da Bia Lessa, fiz a novela Ana Raio e Zé Trovão, que foi antes de estrear no teatro.
    O Edson Fieschi também foi muito importante na minha carreira, Duse Nacaratti, que não estava no começo, mas foi uma fada em uma fase da minha vida, Miguel Falabella, Amir Hadad, que tem sido muito importante... Desde O Mambembe, é um aprendizado sempre com ele...


    J.C.: Além de atuar você é engajado em um movimento social, Humanos Direitos. Fale sobre ele e sua participação?
    L.V.:
    Foi uma coisa muito linda que aconteceu na minha vida. A Cristina Pereira ligou falando sobre um grupo que eu gostaria de conhecer. Me deu o telefone do Padre Ricardo Resende, da paróquia do Leme e fui no encontro que estava acontecendo. Era no comecinho... Formamos a organização, o nome... E nasceu o MHuD – Movimento Humanos Direitos, criado pelo padre, ele é a alma do movimento. Um grupo de atores, jornalistas, cartunistas, produtores, religiosos, que luta pelos direitos humanos, principalmente com relação ao trabalho escravo, mas também trabalha com os índios, exploração sexual infantil... O foco e a área que eu atuo é o trabalho escravo. Vamos à Brasília falar com Ministros, vamos ao Pará apoiar um julgamento relacionado à causa... Ajudo, também, atraindo a mídia. Já tivemos muitos resultados positivos, mas é um trabalho difícil. Acho que é uma forma de contribuir para um mundo melhor, além dos atos do dia-a-dia. Uso minha imagem de ator para o meu trabalho como cidadão.


    J.C.: Vamos falar de Copacabana. O bairro foi um centro de referência cultural durante anos. Julga importante a reabertura do Cine Joia e do Teatro Tereza Rachel? Como ator é uma esperança de novos tempos áureos para Copacabana?
    L.V.:
    Acho que sim. Com a perspectiva do Rio de Janeiro para 2014 e 2016, Copacabana é o nosso cartão postal! Tem que ser cuidado como uma joia. E uma cidade que é uma joia tem teatro, cinema, galerias de arte, museus, casas de show, conhecimento! Tem que ter vida cultural. O Rio de Janeiro ficou abandonado e Copacabana foi o reflexo disso... Ela é a ponta de lança do Rio.


    J.C.: Morador do Leblon, o que Copacabana representa na sua vida?
    L.V.:
    Eu sou carioca, né? (pausa) Isso, em si, já me associa a Copacabana! É um bairro que faz parte da alma do carioca! É a alma do Carioca! Adoro!
    Pequeno, lembro que meu pai levava a gente à praia no Posto 6. Bem diferente do que é hoje... Há uns 40 anos... (risos). Ele serviu no Forte de Copacabana, saiu de lá tenente! Eu tenho uma ligação familiar com o bairro! (risos).
    Gosto do mix que tem nas ruas, gosto das pessoas...


    J.C.: O que costuma fazer em Copacabana?
    L.V:
    Tenho amigos, costumo visitá-los sempre. Várias vezes assistimos filmes da Paradise, faço acupuntura em um centro ótimo, em Copacabana... Gosto de comprar no Shopping dos Antiquários, tem uns móveis lindos, lustres...


    J.C.: Léo, deixe seu recado aos leitores do Jornal Copacabana.
    L.V.:
    Amigos de Copacabana é um prazer poder falar um pouco da minha vida para vocês. Muito bom poder ter essa conversa com minha amiga Renata, essa jornalista que vos escreve... Copacabana é a alma do carioca, vamos dignificá-la!

    Entrevista pro blog : " Tudo sobre CDC " 2010

    Leonardo Vieira aprendeu a lidar com a fama e hoje quer mais é curtir a vida do seu jeito

    Reservado como todo bom capricorniano, Leonardo Vieira é dono de um carisma discreto. Não é preciso conversar muito com ele para perceber que o rapaz preza por sua vida pessoal e sabe bem o que quer da vida. Os 17 anos de carreira trouxeram a maturidade e a calma de quem aprendeu a lidar com a fama desde cedo. “Quando fiz Renascer (1993) era inocente, não sabia lidar com o assédio”, conta ele, que chegou até a ficar afastado da TV. Com mais de dez novelas, o ator vive o correto policial Marcelo, de Caminhos do Coração, sua segunda trama de Tiago Santiago, com quem trabalhou também em Prova de Amor. “Confesso que fiquei chateado de não ser um mutante (risos)”, diz.
    Com uma carreira cheia de personagens marcantes, o ator tem um carinho todo especial pelo Pedro da Maia, da minissérie Os Maias (2001). “Pode não ter tido retorno com o público, mas foi muito enriquecedor”, lembra ele, que, hoje, já não tem mais medo do sucesso e muito menos do fracasso.
    E, apesar de ter a ambição sob medida, o rapaz não se acomoda com suas conquistas: além de gravar a novela da Record no Rio, o moço também faz faculdade de comunicação, na PUC, em São Paulo. Mas os fãs podem ficar calmos! Ele não quer mudar de profissão. “Vou continuar atuando. Só estou cursando para entender melhor a minha forma de comunicação. Adoro representar! E busco fazer tudo com prazer”, define. Pois é, realmente, bem-estar e felicidade norteiam a vida do astro de 39 anos. Avesso à badalação, Leonardo é discreto sobre assuntos pessoais. Para poder conservar sua liberdade, só fecha contrato com as emissoras por obra. “Sei que não vou ficar rico”.

    Fama
    “Fiz só quatro capítulos de Renascer e foi muito impactante. Eu não sabia como lidar com a imprensa, os fãs... Então, optei ficar longe da TV, mas não foi um ‘retiro’, como divulgaram. Continuei trabalhando, fiz cinema e teatro. Mas, agora, sou outra pessoa, não tenho mais medo, sou um novo ator (risos). ”
    Mutantes
    “Acho o máximo trabalhar com ficção científica. Queria ser um mutante, mas quem sabe o Marcelo não descobre que tem poderes, né? Acredito que cada um de nós tem dons especiais, embora a gente não tenha descoberto isso ainda. O ser humano não usa nem 10% da capacidade de seu cérebro, então, eu acho que esses poderes especiais estão nos 90% que sobram (risos)”.
    Personagens
    “Pedro (Os Maias) foi o meu melhor papel. Foi bom trabalhar com o diretor Luiz Fernando Carvalho. Viver em Lisboa, Portugal, foi ótimo (lá, fez a novela Ganância, em 2001). E adorei o Leandro de enhora do Destino (2004). Aguinaldo Silva escreve muito bem.”
    Fracasso
    “Não me arrependo de nada. A gente só alcança o verdadeiro sucesso quando conhece o fracasso. Não que o conheça profundamente, mas já fiz peças que tinham 20 gatos pingados na platéia. Isso também foi enriquecedor.”
    Faculdade
    “Só aceitei participar de Caminhos do Coração porque o Tiago aceitou que eu gravasse quatro dias por semana. É que faço faculdade. Escolhi o curso porque gosto de comunicar. Fico nessa ponte aérea
    maluca, mas não largo a faculdade.”

    Não vou ficar rico
    “Tenho contrato por obra. Não é o caminho mais fácil, mas me dá liberdade para tocar meus projetos.
    Consigo administrar melhor a minha vida. Não vou ficar rico, mas foi a forma que encontrei de ser feliz.”


    Quem é ?

    Leonardo de Pinho Vieira nasceu no dia 28 de dezembro de 1968 , no Rio de Janeiro .
    O teatro entrou na vida de Leonardo ainda na adolescência, quando participou de vários espetáculos apresentados no colégio. Decidido a seguir a carreira artística, fez faculdade de teatro e estreou profissionalmente nos palcos em 1990. Um ano depois, atuou em sua primeira novela, Ana Raio e Zé Trovão, na extinta Rede Manchete. No entanto, o grande reconhecimento de público e crítica veio na primeira fase de Renascer, onde interpretava Zé Inocêncio. O sucesso foi tanto que um ano depois, em 1994, foi escalado para ser o ator principal de Sonho Meu. Em 2000, o ator passou uma temporada em Portugal, onde fez a novela Ganância. Sua primeira aparição no cinema foi no curta-metragem Pão de Açúcar, rodado em 1998.



    Teatro :
    • 1990 - A Morte de Quincas Berro d'Água, com adaptação e direção de André Monteiro
    • 1991 - O Rei Artur e os cavaleiros da távola redonda, com texto e direção Celso Lemos
    • 1992 - As Desgraças de uma Criança, com direção de Moacyr Chaves
    • 1993 - A sereiazinha, adaptação de Marcelo Saback e com direção de Miguel Falabella
    • 1995 - A Pequena Mártir, com texto e direção de Miguel Falabella
    • 1996 - As Criadas, de Jean Genet
    • 1997 - Terra de Cego, de Mauro Ferreira e com direção de Erick Nielson
    • 1997 - Zorro, adaptação de Maria Clara Machado e com direção de Gaspar Filho
    • 1999 - D. Rosita, a Solteira, de Garcia Lorca e com direção de Cristina Pereira e Antônio Grassi
    • 2000 - O Avarento, de Moliére e com direção de Amir Haddad
    • 2002 - Arlequim, de Cano Goldoni e com direção de Luiz Artur Nunes
    Televisão :

    Ano Título Papel Notas
    90 A História de Ana Raio e Zé Trovão Pedro

    1993 Sonho Meu Lucas Candeias de Sá

    1993 Renascer José Inocêncio Participação Especial
    1994 Quatro por Quatro Vinícius Loducca

    1997 Você Decide
    episódio: "A Desforra"
    1997 Você Decide
    episódio: "Gente Jovem"
    1998 Suave Veneno Mauro Participação Especial
    1998 Brida Lorens

    1998 Você Decide
    episódio: "Assédio"
    1999 Malhação Zeca Vergueiro

    2001 Ganância Rômulo Sá Marques

    2001 Os Maias Pedro da Maia

    2003 Sítio do Picapau Amarelo Rei Artur Participação Especial
    2004 Senhora do Destino Leandro Ferreira da Silva

    2005 Como uma Onda João Gabriel Participação Especial
    2005 Prova de Amor Vítor Lopo Jr.

    2007 Caminhos do Coração Marcelo Duarte Montenegro

    2008 Os Mutantes Marcelo Duarte Montenegro

    2010 Nascemos pra Cantar Seu Mario Especial Fim de Ano
    2011 Vidas em Jogo Ernesto Lopes Vidal



    Cinema :